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Relevanter a la Marcos Mion

“Mais do que um influencer, seja primeiro um relevanter”

O apresentador Marcos Mion convidou seus seguidores a uma reflexão. Na verdade, fez mais do que isso: estimulou seus ‘amigos’ influenciadores a repensarem as postagens. “Você já fez o exercício sobre que tipo de influência você dá para seus seguidores? Acredite, existem muitas situações onde a influência salva vidas e, se não salva, com certeza, as melhora. Muito…. Se tiver dúvida, siga a seguinte fórmula: SEJA “RELEVANTER” E SÓ DEPOIS SE CONSIDERE INFLUENCER”.

Gostei demais desse convite, da proposta de exercício. Se você tem 50, 100, ou centenas de seguidores, sua capacidade de influenciar, inspirar e mostrar é importante. É lógico que quando você sai do Mil e vai pro Mi, sua responsabilidade se multiplica proporcionalmente.

É preciso ter consciência das mensagens que passamos por meio da comunicação. Mostrar superação é fantástico, inspirador, contanto que não se transforme num circo de horrores, com intuito de impressionar, ou fazer rir. Como tudo na vida, é necessário ter bom senso.

Certa vez viajei com um grupo de influenciadores para a Amazônia. As postagens tinham como tema levar picadas de formigas de fogo ou carpinteiras, “chicotadas” em supostos rituais de passagem, falsamente simulados, tudo para ganhar mais seguidores. O pós-passeio, no entanto, não vi nas redes sociais – dores, machucados e reações alérgicas.

Temos muito a analisar e pensar sobre os “influenciadores”. Suas motivações, e responsabilidades, seja com a qualidade da informação, com a veracidade do que prometem, com o impacto da imagem, ou da mensagem, em seus seguidores. A forma como interagem ou se preocupam com seus fãs é muito importante.

Agora voltando à viagem à Amazônia: se um garoto vir alguém levar dezenas de picadas de formigas na Amazônia, pode querer repetir? Não sei. É uma linha editorial perigosa.

O fato é que quando se fala em responsabilidades, também temos de falar do papel dos pais em saber o que os filhos estão vendo, orientar, dar outros caminhos. Nem estou falando controlar, porque é impossível ficar alheio à tecnologia e suas formas de comunicação hoje. ‘Você está me censurando, pai?’

Do ponto de vista da comunicação empresarial, é importante as empresas avaliarem se estão sendo ‘relevanters’, ou estão usando apenas o marketing para influenciar a compra.

Será que um perfil relevante, de fato, sério, real, também não poderia ser um gancho para boas vendas? Recentemente, passei a comprar “orégano” de uma só marca. A embalagem dizia: 100% orégano. Logo me questionei: ‘O que tenho consumido? É orégano com o quê? E os outros fabricantes? São todos desonestos e enganam o consumidor? Ou simplesmente não colocaram a informação? E essa empresa que colocou 100% orégano, foi correta, quando me colocou essa dúvida?’ Não sei. A questão é: como saber se as outras marcas vendem 100% orégano ou não? Não tem essa informação nas embalagens. Ou eles são ruins de estratégia de marketing? Será que de “relevanter”, estamos indo para uma discussão ética?

JR

Equipe Jô Ribes Comunicação